Territorialidades Camponesas: Uma análise a partir das diversidades, saberes e valores tradicionais.

Resumo: Este projeto de pesquisa tem por fim analisar os diversos atores e movimentos sócioterritoriais envolvidos no distrito de Nestor Gomes, município de São Mateus, a partir de suas práticas ligadas aos princípios da Agroecologia. A agroecologia é uma iniciativa de agricultura alternativa, que buscam nos saberes tradicionais, resgatar as técnicas sustentáveis, levando em consideração aspectos sócio-ambientais, culturais e econômicos para a produção e reprodução da vida no campo. Esses atores e práticas envolvidos com a Agroecologia, por sua vez, se constituem em espaços de resistência, os quais disputam territórios com modelos hegemônicos e convencionais de agricultura, gerando tensões e intenções territoriais. A Educação do Campo, os camponeses e os movimentos sociais serão analisados a partir de uma perspectiva geográfica.A presente pesquisa tem como objetivo fundamentar aspectos pertinentes a experiências envolvendo as práticas agroecológicas e suas diferentes especificidades e ramificações. No norte do Espírito Santo relações conflituosas se dão de maneira intensa quando nos referimos a questão agrária. A diversidade de grupos sociais em proximidade é latente, porém percebemos em uma mesma região, diferentes sujeitos e posicionamento. Portanto, “um mesmo espaço apropriado e constituído por uma sociedade pode conter territorialidades distintas”. (Porto Gonçalves apud Porto Gonçalves, 2001)
Na região de Nestor Gomes, no município de São Mateus, essas diversas territorialidades em conflito ficam mais explicitas ainda, pois nesta localidade encontram-se territorializadas os grandes projetos com as características oriundas da Revolução Verde. Estes projetos (produtores de eucalipto e indústrias sucroalcoleiras) e entre estes territórios, criam-se espaços de resistências, onde encontramos movimentos sociais, camponeses e escolas que trabalham com a educação do campo. Movimentos estes, que procuram um desenvolvimento rural sustentável para suas comunidades.
Os camponeses, assentados, crianças e jovens, através da Educação do Campo nas Escolas Família Agrícola, vão contribuindo e fazendo outro caminho, traçando práticas agrícolas e sociais através dos preceitos da agroecologia que reordenam o território.

Data de início: 01/08/2010
Prazo (meses): 12

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Coordenador PAULO CÉSAR SCARIM
Acesso à informação
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