GEOGRAFIAS DE ENUNCIAÇÃO: Construindo um Guia Afetivo do Lugar a Partir do Índice de Agenciamento da Paisagem.
Nome: ANA CAROLINA DE MELO LOUREIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 19/04/2016
Orientador:
Nome | Papel |
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ANTÔNIO CARLOS QUEIROZ DO Ó FILHO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANTÔNIO CARLOS QUEIROZ DO Ó FILHO | Orientador |
EDUARDO JOSÉ MARANDOLA JUNIOR | Examinador Externo |
ENEIDA MARIA DE SOUZA | Examinador Interno |
Resumo: Perceber o modo como se é capturado por uma determinada forma de experienciar um lugar é o que se buscou nesse trabalho. Como desdobramento disso, interessou-nos compreender a produção da paisagem como enunciação e agenciamento, articulando fundamentos filosóficos de Rancière (2005) e Deleuze e Guattari (1995; 2003) sobre as questões que envolvem estética, política e linguagem. Para isso, analisamos a cidade de Muqui-ES, tendo em vista o papel turístico atrelado ao Sítio Histórico da cidade, visto que ele é apresentado como o maior Sítio Histórico contendo 186 imóveis tombados como Patrimônio Histórico. Tais residências estão relacionadas ao período de riqueza das décadas 1920 e 1930 associado à economia cafeeira. Os procedimentos analíticos consistiram em coleta de discursos oficiais imagéticos de agentes de enunciação: Google, Institudo do Patrimônio Artístico e Nacional IPHAN, Secretaria de Cultura do Espírito Santo SECULT, Secretaria de Turismo, Jornais, Câmara Municipal de Muqui e Prefeitura Municipal de Muqui. Em seguida tais dados foram tipificados e categorizados tendo como referência sua emissão e repetição temática. Analisamos, considerando a potência de territorialização. Com isso pudemos elaborar uma hierarquização das forças observando os agentes em relação, a propagação de seus enunciados e os principais temas. Como etapa final da análise, foi produzido um Guia Afetivo do Lugar, que cartografou os fluxos de captura da experiência utilizando o Índice de Agenciamento, proposto por Queiroz Filho (2015), utilizando-o como meio de demonstrar os processos de Territorialização/Desterritorialização. Para expressar tais forças utilizamos a Teoria das Cores, de Goethe (1993) que considera a relação entre cor e sensação fazendo distinção entre as Cores Quentes e Cores Frias. Concluímos evidenciando a possibilidade de se pensar intervenções no campo da linguagem que deem visibilidade às novas formas de sentir e experienciar. Como proposição, apontamos a potência da escrita como possibilidade de expressar uma experiência sensível da paisagem.