GEOETNOGRAFIAS DO AGIR URBANO deslocamentos e fluxos de experiência na cidade contemporânea
Nome: RAFAEL HENRIQUE MENEGHELLI FAFÁ BORGES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 19/04/2016
Orientador:
Nome | Papel |
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ANTÔNIO CARLOS QUEIROZ DO Ó FILHO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANTÔNIO CARLOS QUEIROZ DO Ó FILHO | Orientador |
CLARA LUIZA MIRANDA | Examinador Interno |
EDUARDO JOSÉ MARANDOLA JUNIOR | Examinador Externo |
ENEIDA MARIA SOUZA MENDONÇA | Examinador Interno |
Resumo: O cotidiano nas grandes cidades contemporâneas tem sido pautado pelos fluxos de velocidade, impessoalidade e insegurança, porém autores como Hesse (1977), Oliveira Jr. (2010) e Marandola Jr. (2011) nos apontam para movimentos que criam fissuras nessa dinâmica, de modo que insistem em existir (ASPIS, 2010) em meio a essa cidade funcionalista, sendo pautados pelos fluxos de sociabilidade, lentidão e segurança. Dessa forma, investigar como todos esses fluxos influenciam e se manifestam na experiência citadina em duas localidades de Vitória-ES, a avenida Jerônimo Monteiro e a Orla de Camburi, foi o objetivo deste trabalho. Essas duas áreas foram escolhidas porque apresentam apropriações diferentes, a primeira mais voltada para o comércio e a segunda para o lazer. Dessa forma, analisamos se essa diferença interfere nas ocorrências dos fluxos investigados. Autores como Virilio (2014), Bauman (1999; 2009), Caiafa (2003) e Jacobs (2011) nos foram basilares para a discussão de como o cotidiano passou a ser pautado por esses fluxos, que Queiroz Filho denomina de grandes marcas do viver citadino contemporâneo (QUEIROZ FILHO et al., 2013). As investigações foram realizadas através de experiências em campo, de modo que elas foram distribuídas ao longo de quatro semanas. Os conhecimentos e dados coletados com as experiências e as observações na Jerônimo Monteiro e na Orla de Camburi foram base para a elaboração dos relatos de campo e da criação de tabelas, gráficos, mapas e do Guia Afetivo dos Lugares. Estes produtos tiveram o intuito de apresentar a variedade de dados coletados e de experiências vivenciadas ao longo das quatro semanas. Para a criação desses materiais, cada fluxo foi associado a uma cor, levando em consideração suas características e a Teoria das Cores de Goethe (1993). Concluímos fazendo uma discussão e análise sobre a influência dos fluxos nas áreas de estudo e também um paralelo entre elas, de modo a identificarmos semelhanças e alteridades.