O CICLO DE VIDA FAMILIAR E A MOBILIDADE RESIDENCIAL DAS FAMÍLIAS NA RMGV EM 2010 E 2022

Nome: GEARLEY LEOPOLDINO VELOSO

Data de publicação: 12/11/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
AURELIA HERMINIA CASTIGLIONI Examinador Interno
CARLOS FERNANDO FERREIRA LOBO Examinador Externo
EDNELSON MARIANO DOTA Presidente

Resumo: A família é uma instituição primordial, desempenhando papel central na organização social e na produção do espaço urbano. As transformações demográficas e socioeconômicas ao longo do século XX influenciaram tanto a conformação das famílias quanto a distribuição espacial nos domicílios, especialmente em regiões metropolitanas brasileiras. Apesar da vasta literatura sobre migração e urbanização, a dimensão familiar no contexto da mobilidade espacial da população ainda carece de maior investigação, especialmente na análise dos padrões de mobilidade residencial e sua relação com as desigualdades sociais. Esta dissertação busca compreender como a organização familiar influencia a estrutura urbana e a distribuição espacial dos domicílios na RMGV, abordando os padrões de mobilidade residencial em correlação com desigualdades socioeconômicas e o ciclo de vida familiar. A pesquisa adota uma abordagem quantitativa, realizando análise espacial da migração intrametropolitana e de indicadores a partir de dados censitários de 2010. A análise mostrou que a migração intrametropolitana na RMGV no período foi influenciada pelo diferencial de renda. Muitos migrantes se concentram nas áreas centrais de Vitória e regiões próximas, contrastando com as áreas litorâneas de maior renda, onde há menor presença de migrantes. Observou-se interdependência entre municípios como Vitória, Vila Velha, Cariacica e Viana, trazendo à tona as influências históricas que atuam conjuntamente no processo de expansão do crescimento urbano metropolitano. Também utilizamos análises estatísticas descritivas para apontar as relações entre os arranjos domiciliares e a mobilidade residencial. A mobilidade residencial é influenciada pelas condições socioeconômicas e pelo ciclo de vida familiar, sendo mais precoce em áreas de alta vulnerabilidade devido a pressões econômicas, incidentes sobre os arranjos domiciliares, sobretudo os monoparentais, enquanto nas áreas de baixa vulnerabilidade a mobilidade residencial tende a ser postergada dada a maior estabilidade econômica presente nas diferentes tipologias de domicílios nas áreas de baixa vulnerabilidade. Esses resultados mostram a importância da família como unidade de análise, aprofundando a compreensão da relação entre mobilidade residencial e arranjos familiares, um aspecto pouco explorado na literatura.

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