Tudo é mãe': Geografias do cotidiano de
mulheres chefes de famílias monoparentais na região da Grande São Pedro,
Vitoria/ES
Nome: KAMILLY ANTUNES DE ASSIS
Data de publicação: 06/08/2024
Banca:
Nome | Papel |
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GISELE GIRARDI | Examinador Interno |
IGOR MARTINS MEDEIROS ROBAINA | Presidente |
ROSELY MARIA DA SILVA PIRES | Examinador Interno |
VERA PLÁCIDO | Examinador Externo |
Resumo: O espectro formado pelas diversas temáticas dos estudos sobre as famílias nas Ciências
Humanas, demonstra que este é um assunto já bem consolidado. Na Geografia, o percurso
desses estudos se desenvolve a partir das problemáticas que compreendem este grupo social
como agentes de produção e reprodução de ações e relações socioespaciais. Nesta abordagem,
foi desenvolvido o projeto “Dinâmica demográfica familiar e padrão migratório no Brasil:
transformações desde os anos 1990”, ao qual esta pesquisa de mestrado está vinculada e se
desdobra abordando as famílias monoparentais chefiadas por mulheres, na Região da Grande
São Pedro, em Vitória/ES. O trabalho buscou compreender o tema dos impactos da chefia
familiar na formação das espacialidades da trajetória de vida dessas mulheres, sendo esta uma
dimensão espaço-temporal onde rupturas e permanências em relação aos aspectos das relações
desiguais de gênero participam da significação da chefia feminina. Para isso, a pesquisa foi
orientada metodologicamente pela abordagem qualitativa, com a realização de entrevistas semiestruturadas, nas quais foram analisadas as experiências da vida cotidiana dessas mulheres,
enfocando como categorias de análise a mobilidade residencial, dinâmicas de trabalho
produtivo, formação de redes de sociais de proteção e projetos de vida. Nessa perspectiva, a
chefia familiar se apresenta como um processo em que adversidades estruturais coexistem com
um conjunto de eventos, práticas e ações cotidianas mobilizadas pelas mulheres na direção do
exercício da chefia familiar, concentrando-se especificamente na criação dos filhos. A dimensão
espacial formada a partir desse contexto, se estabelece em relação as características do uso do
tempo das mulheres e suas mobilidades cotidianas, que se abrem como meio e condição para
compreender a entrada e permanência nessa posição.