A APROPRIAÇÃO DA ÁGUA EM TEMPO DE FINANCEIRIZAÇÃO DA ECONOMIA

Nome: MERCI PEREIRA FARDIN

Data de publicação: 19/07/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLO EUGENIO NOGUEIRA Examinador Interno
CARLOS TEIXEIRA DE CAMPOS JUNIOR Presidente
HELDER GOMES Examinador Externo
MAURICIO DE SOUZA SABADINI Examinador Externo
PAULO CÉSAR XAVIER PEREIRA Examinador Externo

Resumo: O trabalho busca demonstrar como a promulgação da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) construída num ambiente de desregulamentação da economia, exigência do processo de financeirização, conduz a um esvaziamento das funções do Estado, passando por meio de tal política a adotar os instrumentos econômicos como principal mecanismo de gestão e fazer do mercado sua instância de regulação. Busca-se, assim, evidenciar na promoção desse ambiente a crise do modo de produção capitalista, que tem como particular característica a fuga de capital da esfera produtiva para a esfera da especulação. Processo esse que, sob a influência do avanço tecnológico, intensifica a exploração ecológica através da criação de produtos derivados dos direitos do uso da água. O trabalho evidencia a tendência desse movimento em buscar uma exacerbada apropriação dos recursos naturais por meio da comercialização de títulos nos mercados de Futuros, incidindo isso sobre o acesso de povos tradicionais e comunitários a tais recursos. Para tanto, utiliza-se aqui de uma análise de dados que algumas entidades governamentais apresentaram ao longo do estágio de “territorização” da bacia do rio Doce, já percebendo nisso um arranjo institucional criado, entre o público e o privado, acerca de uma nova denominação de “governança da água”, para uma efetiva implantação de processos legitimadores de mecanismos que configurem a água como elemento de valorização do capital.

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