DISSONÂNCIAS DO DISCURSO DA MODERNIDADE: À LUZ DAS PRÁTICAS
SOCIOESPACIAIS NAS ÁGUAS EM VITÓRIA (ES)

Nome: TATIANA CANIÇALI CASADO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 03/11/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ENEIDA MARIA SOUZA MENDONÇA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLÁUDIO LUIZ ZANOTELLI Examinador Interno
DORALICE SÁTYRO MAIA Examinador Interno
ENEIDA MARIA SOUZA MENDONÇA Orientador
LÚCIA MARIA SÁ ANTUNES COSTA Examinador Externo

Resumo: Esta tese se insere na reflexão sobre a problemática advinda dos binômios
sociedade-natureza e tradição-novo. A complexa e emaranhada trama de vieses
que se desdobra destes binômios e dispara questões comuns aos ‘separados’
campos das ciências humanas não corresponde à aparente simplicidade
sugerida pelas quatro palavras que nomeiam as dualidades simétricas da
modernidade. Desta trama, interessa-nos de modo especial, pinçar o modus
operandi da ação social no espaço-tempo dos processos de modernização com
vistas à compreensão das oposições simétricas pressupostas do modo
civilizatório que se auto identifica por diferenciação aos modos predecessores.
Tem-se como premissa as práticas socioespaciais nas águas em Vitória (ES)

entre meados do século XIX e meados do século XX, a partir das quais revelam-
se dissonâncias com o ‘mito moderno’, fundamentado no caráter de ruptura, na

imposição do novo e na pretensão pela totalidade. Toma-se o ‘mito moderno’
como a narrativa conformada por simetrias opostas – a tradição e o novo; a
sociedade e a natureza - a qual se ancora na necessidade de deslegitimar a
tradicionalidade do ‘saber sobre os homens’ como ‘saber sobre as coisas’. Na
presente discussão, aponta-se que a estrutura mítica grega como alegoria à
compreensão do ‘mito moderno’ é menos uma problemática do caráter
metanarrativo epistemológico do que uma questão de legitimação da produção
do saber com a práxis atual. Se por um lado, confrontar as práticas
socioespaciais nas águas em Vitória (ES) com a problemática dos binômios
sociedade-natureza e tradição-novo, permitiu-nos apontar lacunas na estrutura
do ‘mito moderno’, por outro lado, reforçou-nos também a necessidade de
reflexividade da produção do saber no devir humano. Assim, pode-se identificar
a construção de uma estrutura do imaginário das águas a partir da recorrência
imagética dos espaços das águas e dos valores simbólicos presentes nas
práticas socioespaciais que se verificaram.
Palavras-chave: práticas sócio-espaciais, águas, Vitória (ES).

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