Permanências, apagamentos e transformações na Prainha, Vila
Velha - ES
Nome: CLÁUDIA INEZ RESENDE MELO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/08/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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ENEIDA MARIA SOUZA MENDONÇA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CLÁUDIO LUIZ ZANOTELLI | Examinador Interno |
ENEIDA MARIA SOUZA MENDONÇA | Orientador |
FLÁVIA RIBEIRO BOTECHIA | Examinador Externo |
Resumo: Esta pesquisa objetiva documentar e analisar o processo de ocupação e urbanização da área da
Prainha, na cidade de Vila Velha, no estado do Espírito Santo, detectando-se elementos
significativos que permaneceram, que foram apagados e os que se transformaram. Almeja-se
que este enfoque favoreça estudos futuros, e de modo específico, o planejamento do lugar. A
metodologia envolve a busca da fundamentação teórica sobre morfologia urbana e suas
principais abordagens em livros, artigos e trabalhos acadêmicos que tratam sobre o mesmo
tema. Foram consultados também autores sobre a história do Espírito Santo e de Vila Velha. O
convívio frequente com moradores locais antigos, entrevistas informais com agentes que
buscam preservar a memória do local e consulta a trabalhos acadêmicos com o mesmo objeto
de pesquisa, complementaram a documentação dos fatos históricos e da vida cotidiana. O
trabalho é baseado na análise de mapas, plantas, fotos, documentação de arquivos e pesquisa
de campo, seguindo metodologia da escola inglesa de morfologia urbana. A partir da coleta de
documentação cartográfica, foi feita uma seleção dos mais apropriados à pesquisa, o recorte da
área de estudo, sua ampliação, redesenho e georreferenciamento, para que pudessem ser
comparados, sobrepostos e analisados. Comparando os mapas atual e de 1853 percebe-se
claramente elementos arquitetônicos que permaneceram como o Convento da Penha, a igreja
Nossa Senhora do Rosário, o forte São Francisco Xavier. Além destes, o eixo da atual rua
Luciano da Neves, pode ser identificado de forma incipiente já no mapa de 1853 e o caminho
que leva até o Convento de Nossa Senhora da Penha, atualmente conhecido popularmente como
Ladeira da Penitência, aparece de forma figurativa no mapa de 1888. Alguns elementos foram
apagados como as ilhas da Forca e dos Timbebas. Dentro deste contexto, a hipótese de que a
planta da cidade, as vias, são os elementos mais persistentes às metamorfoses ocorridas com o
passar do tempo, foi comprovada. Não se pode afirmar que o traçado colonial foi preservado
por falta de documentação, no entanto, a localização da matriz, do largo e do eixo da rua
Luciano das Neves, foram estruturantes e condicionantes para o traçado evidenciado em 1894,
na primeira planta cadastral de Vila Velha. Este, por sua vez, deixou vestígios, à primeira vista
não tão evidentes, mas claramente apontados com a sobreposição dos mapas.