A MOBILIDADE PENDULAR COMO INDICADOR NA CARACTERIZAÇÃO DE CIDADES MÉDIAS
Nome: ÍTALA LUZIA DE ANDRADE
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/08/2019
Orientador:
Nome |
Papel |
|---|---|
| EDNELSON MARIANO DOTA | Orientador |
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| CLÁUDIO LUIZ ZANOTELLI | Examinador Interno |
| EDNELSON MARIANO DOTA | Orientador |
| WAGNER BARBOSA BATELLA | Examinador Externo |
Resumo: A reestruturação do espaço urbano brasileiro é uma temática amplamente discutida por profissionais de diferentes áreas do conhecimento. De maneira geral, observa-se que expansão das infraestruturas de transporte e comunicação, em meados do século XX, tem grande influência nesse processo. Essas mudanças estruturais resignificaram a rede urbana brasileira ocasionando uma redistribuição populacional e econômica para centros urbanos de médio e pequeno porte. Nesse sentindo, houve uma diversificação nos papéis desempenhados pelas cidades médias na rede urbana. Essas, se tornaram locais de expressiva atratividade, mediando a ligação entre os núcleos urbanos menores e as grandes cidades, mesmo que em escala regional. Com isso, essa pesquisa visou analisar como a mobilidade pendular e outros indicadores demográficos e econômicos podem auxiliar na observação da influência dos papeis desempenhados pelas cidades mineiras (Barbacena, Muriaé e Ubá) na rede urbana, bem como na caracterização dessas cidades enquanto médias. Para atingir esse objetivo foram utilizados os microdados da amostra dos Censos Demográficos de 2000 e 2010 referentes à mobilidade pendular. Outra forma de extração de dados dos Censos Demográficos pretéritos foi o Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA), bem como o Número de Unidades Locais Industriais e de Comércio e Serviços no banco de dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Utilizou-se como recorte uma matriz de relações, na qual foram incluídos todos os municípios que pudessem apresentar ligação com os núcleos já mencionados. Os resultados obtidos demotraram que os indicadores demográficos são pertinentes variáveis para identificação da dinâmica regional dos municípios núcleo e de seus respectivos papéis de intermediação. Além disso, observou-se que a mobilidade pendular é um fenômeno com recente intensificação nesses centros urbanos não metropolitanos. Nessa pesquisa, a pendularidade indicou que existem relações de complementariedade e dominação entre o núcleo principal e os que lhes são tributários. Porém, de forma geral, a área de abrangência dos municípios principais restringiu-se aos municípios membros de suas respectivas matrizes relações. Portanto, concluiu-se que tais características corroboram com a caracterização desses centros urbanos enquanto cidades médias regionais.
