SISTEMA FLUVIAL DO RIO JACARAÍPE, SERRA, ESPÍRITO SANTO:
PROPOSTA DE ANÁLISE A PARTIR DO GEOSSISTEMA E DA
SOCIOGEOMORFOLOGIA
Nome: ANDRÉ LUÍS DEMUNER RAMOS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 11/10/2018
Orientador:
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Papel |
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ANDRE LUIZ NASCENTES COELHO | Orientador |
Banca:
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Papel |
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ANDRE LUIZ NASCENTES COELHO | Orientador |
ANTONIO CELSO DE OLIVEIRA GOULART | Examinador Externo |
ENEIDA MARIA SOUZA MENDONÇA | Examinador Interno |
GILTON LUÍS FERREIRA | Examinador Externo |
GIOVANILTON ANDRÉ CARRETTA FERREIRA | Examinador Externo |
Resumo: Sistema Fluvial do Rio Jacaraípe, paisagem que cobre área expressiva do
município da Serra, Espírito Santo, foi e continua sendo cenário de constantes
transformações. O processo de apropriação da natureza pelas ações e práticas
da sociedade se intensificou a partir da década de 1950, com a erradicação da
cultura agrícola do café e substituição por atividades urbanas e industriais,
marcada atualmente, por impactos e por alterações degradantes necessitando
de um entendimento mais aprofundado dessa realidade.
Diante deste contexto, esta pesquisa teve por objetivo desenvolver e aplicar o
conceito de Sistema Fluvial como recorte integrador das transformações da
sociedade e da natureza, considerando-se o Geossistema e a
Sociogeomorfologia, no processo de transformação da paisagem do Rio
Jacaraípe Serra, Espírito Santo.
O estudo partiu da revisão bibliográfica debatendo a importância da Análise
Integrada da Paisagem na Geografia sustentado em literaturas estrangeira e
nacional sobre os conceitos de Sistema Fluvial, Geossistema e
Sociogeomorfologia. Posteriormente, a sua aplicação e discussão, resgatando
o entendimento histórico do processo de ocupação e dinâmica até o presente
utilizando-se dos procedimentos clássicos de investigação geográfica com o
uso de geotecnologias de SIG e Sensoriamento Remoto. Na sequência, de
forma complementar, o emprego da Sociogeomorfologia elencando recortes e
arranjos na paisagem inéditos e reveladores.
O uso dos métodos e técnicas desta pesquisa permitiu desenvolver uma
metodologia satisfatória para diagnóstico e análises mais aprofundadas,
possível de ser aplicada em outros sistemas fluviais e que podem ser utilizados
por diversos setores da sociedade. Os resultados possibilitam identificar e
espacializar, de forma mais precisa, as áreas mais criticas do sistema
analisado, apontando diversos danos ambientais nos canais fluviais como a
cobertura do rio/canal; construção de via urbana sobre rio e canal; perda de
canais em número e extensão. As tipologias de transformação criadas
revelaram conflitos de usos, evidenciada em fotos e cartografia, como parte
das Zonas de Expansão Urbana e das Zonas Especiais de Interesse Social,
situadas em áreas de proteção ambiental e frágeis como vertentes e fundos de
vale e no interior de um corredor ecológico, entre outros danos, alertando para
a necessidade de um ordenamento mais equilibrado e sustentável entre os
elementos naturais e as ações antrópicas.