Territorialização do capital e mobilização do trabalho da expansão colonial à metropolização crítica
Código: PPGG7233
Curso: Mestrado em Geografia
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Ementa: Nosso objetivo com essa disciplina é apresentar e discutir uma leitura dos conceitos de territorialização do capital e mobilização do trabalho para, mediante a mesma, oferecermos igualmente uma leitura da formação territorial que culminaria na constituição do território do Estado nacional brasileiro.
Partiremos da interlocução crítica com a leitura do conceito de região que a toma como autoevidente e com aquela que considera a separação de áreas resultado da definição por seu estudioso de quais elementos são empiricamente significantes, do conceito de território que distingue o aspecto relacional das práticas territoriais enquanto um exercício de poderes, do conceito de deslocamento populacional que compreende serem mero resultado da livre determinação dos sujeitos e daquele que afirma resultarem de um quadro estrutural de determinações econômicas, políticas e/ou sociais, em direção a uma leitura do conceito de territorialização do capital que procure evidenciar a articulação contraditória do processo de reprodução social que mobiliza trabalho mediante práticas de violência extra-econômica e econômica.
A autonomização em processo expressa pela divisão social do trabalho mobilizado em territorialização vai conferindo o monopólio legítimo da violência extra-econômica ao Estado nacional que deve juridificar aquelas relações. Como momento da mencionada divisão, os trabalhadores que portam os poderes territoriais do Estado nacional são mobilizados como assalariados pelo dinheiro. O resultado do seu trabalho como garantia do exercício da troca de equivalentes entre cidadãos proprietários permite mostrar o processo como desdobramento da expropriação, a qual não só internaliza a metrópole, mas também metropoliza seu território (nacional), simultaneamente polarizando-o. O controle da terra torna-se assim determinante da possibilidade de existência e reprodução do padrão territorial no qual se assenta o Estado.
Tais práticas territoriais envolvem, portanto, a mobilização do trabalho, entendida com a sua transformação na mercadoria força de trabalho, ainda que mediante processos regionais de reprodução das relações sociais de produção que permitem essa acumulação (primitiva), cujo comando é dirigido pela finalidade fetichista de transformar dinheiro em mais dinheiro. Este dinheiro, que se territorializa em seu curso forçado no Estado nacional passa assim a ser considerado em sua dimensão de poder em processo, o poder estatal, mas também o poder das mercadorias de comandar trabalho alheio.
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