IMPACTO DA ALTERAÇÃO DA SUPERFÍCIE NA CIRCULAÇÃO
ATMOSFÉRICA DA REGIÃO METROPOLITANA DA GRANDE
VITÓRIA (ES)

Nome: WESLEY DE SOUZA CAMPOS CORREA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 17/03/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CLÁUDIA CÂMARA DO VALE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE MAGALHÃES SANTIAGO Examinador Externo
CLÁUDIA CÂMARA DO VALE Orientador
EDSON SOARES FIALHO Examinador Interno
MARIA ELISA SIQUEIRA DA SILVA Examinador Externo
TACIANA TOLEDO DE ALMEIDA ALBUQUERQUE Examinador Externo

Resumo: A Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), é a área mais industrializada e
urbanizada do estado do Espírito Santo. Todo esse processo, tem acarretado
mudanças na circulação atmosférica local, como a formação e intensificação da ilha
de calor urbana (ICU). Diante o apresentado, o objetivo principal desta pesquisa foi
estudar o impacto atmosférico devido à alteração do uso e cobertura da terra na
Região Metropolitana da Grande Vitória. Esta pesquisa será desenvolvida em duas
etapas: a primeira será o estudo observacional da ICU e a segunda etapa será com
o uso de modelagem numérica da atmosférica, com emprego do modelo Weather
Research and Forecasting (WRF) acoplado ao modelo Building Effect
Parameterization (BEP). A análise dos dados observacionais mostram que a
intensidade máxima horária de da ICU, na RMGV, foi de 7,35°C, às 14h em outubro
de 2017 e de 7,53°C, às 15h em janeiro de 2018. Apesar dos valores,
frequentemente, a ilha de calor na RMGV é menos intensa do que as registradas em
áreas de altas e médias latitudes. Observou-se, também, que a ilha de calor é mais
intensa durante o dia, na estação do verão, e, está associada ao horário de maior
magnitude de carga térmica disponível no ambiente e não ao que foi armazenado
pelo tecido urbano. Através das imagens do Satélite LANDSAT-8, verificou-se que
as intensidades e extensões espaciais da ICU superficiais na RMGV chegam a
extremos -3°C a +20°C, apresentando uma amplitude de +17°C. Os valores entre
+2°C até +8°C, compreendem a maior área, sendo que nas áreas urbanas,
comumente, são registrados valores de intensidade +5°C. Os efeitos da
urbanização, nas simulações realizadas com o modelo WRF-BEP, mostram que a
ilha de calor proporcionou um incremento médio de 5°C na temperatura do ar, fato
corroborado pelo aumento do fluxo de calor sensível e redução do calor latente, bem
como, favoreceu um acréscimo da razão de Bowen em até 10 vezes. A ilha de calor
também, favoreceu no aumento da convergência do ar nas bordas da RMGV,
fazendo com que a brisa chegue até uma hora antes, no dia 30/10 ás 09h. Com a
presença da cidade, a brisa marítima, ficou estagnada no litoral durante o dia.

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