MAPEAMENTO PARTICIPATIVO EM UM CONTEXTOS DE CONFLITO TERRITORIAL: E EXPERIÊNCIA COM A POPULAÇÃO INDÍGENA DA CHAPADA DO Á, ANCHIETA-ES-BRASIL

Nome: MARIA ELISA TOSI ROQUETTE
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 04/05/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GISELE GIRARDI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRE REYES NOVAES Examinador Externo
GISELE GIRARDI Orientador
SONIA MISSAGIA MATOS Examinador Interno

Resumo: A pesquisa trata da experiência de mapeamento participativo com uma comunidade
autoidentificada indígena, da etnia Tupiniquim. A comunidade em questão é a Chapada do Á,
município de Anchieta (ES), que se encontra num contexto de conflitos territoriais decorrente
das tentativas de implementação de empresas siderúrgicas na região. Visando contribuir com
um instrumento que pudesse ampliar as possibilidades de mobilização da comunidade para suas
lutas, desenvolvemos junto à mesma uma experiência de mapeamento participativo, que
também serviu como base para discutir questões de caráter metodológico. Lançamos mão de
relatos orais para compreender o contexto no qual se insere a comunidade, bem como o processo
de constituição da identidade territorial. E, a partir da revisão da literatura, sistematizamos
discussões sobre conceitos fundamentais da geografia requeridos para a análise e sobre o
mapeamento participativo. Concluímos que um dos principais obstáculos para o
desenvolvimento da prática de mapeamento participativo é o fator tempo, pois este influencia
em outros âmbitos fundamentais às atividades participativas, como o estabelecimento de
confiança, a participação dos atores em si e o desvelamento das relações de poder e o
treinamento dos participantes para o uso das ferramentas, principalmente de SIG. Além disso,
o papel da facilitação também influencia fortemente nos pontos citados, em especial à
participação de diferentes grupos dentro de uma comunidade. Atenção maior deve ser dada às
etapas iniciais do mapeamento participativo e destacamos aqui uma maior necessidade de se
refletir a legenda, exercício que deve perdurar ao longo do processo. Por outro lado, a prática
de mapeamento participativo abre espaço para a troca de conhecimento tradicional e se
configura como uma arena para discussão sobre o território. Por fim, compreendemos que o
mapeamento participativo, quando utilizadas ferramentas da cartografia tradicional, pode afetar
a compreensão espacial dos participantes de comunidades tradicionais, no entanto, os reinsere
em mapas estatais vazios.

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